INVOLUÇÃO OU DEIFICAÇÃO HUMANA?

Quando já não conseguimos acreditar no que vemos, lemos ou ouvimos, estamos no centro de um dos abomináveis males sociais. E isso tinha que acontecer, por ironia ou não, em período de globalização e nas eras da comunicação e da tecnologia.

Há grandes distâncias entre ganhar um brinquedo e saber usá-lo. É análogo a presentes fora do perfil dos agraciados. Por exemplo, ganhar um jogo sem que tenha maturidade para poder entendê-lo e jogá-lo.

Melhor seria que as facilidades tecnológicas de comunicação tivessem sido acompanhadas de uma melhor evolução cultural e humanística das sociedades. Mas não… juntamos a era da pedra lascada, ou da cultura do império romano, com “os Jetsons” ou “2001, uma odisséia no espaço”.

Isso ocorre porque a conversa entre diferentes setores já não é simples na teoria e chega a ser praticamente impossível no dia a dia. Tecnologia para comunicação não pode ignorar o comunicador. Dar vozes pressupõe antes dar elementos morais e éticos sábios aos donos das vozes.

Consertar os prejuízos ao longo desse sistema que nasceu desgovernado não será nada fácil ou promissor. Afinal, as velocidades de evolução entre as partes (digamos tecnologia e evolução emocional e intelectual humana) são extremamente diferentes.

É nesse meio que nos nutrimos de “informação” para posicionamentos racionais imprescindíveis sobre o dia a dia que rege futuros. Por ex., de eleições a opiniões em Mídias sociais populares. É também nesse período de contradição que estão as maiores chances das decisões serem guiadas por forças de crenças sem resquícios racionais. Seria um ponto alto da involução humana? Ou o ápice do salto da racionalidade para a deificação humana?

Seja como for, é um período de cautela e muita reflexão introspectiva. Uma globalização individualizada, isolada. Tomara que eu esteja 100% equivocado.

[Texto originalmente publicado no LinkedIn de Gilson Volpato]

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